
No princípio era o verbo. Flanelinhas ocupavam as vagas da cidade cobrando por elas o preço de acordo com o evento ou o local da vaga (na sombra era mais cara). Até que um dia a prefeitura estipulou normas e criou o Vaga Certa, com a padronização do serviço de vagas através da cobrança de talões. No entanto, a ação dos flanelinhas continuou livremente, pela falta de fiscalização. Além disso, os mais espertos do ramo fraudavam a lei cobrando dos motoristas preços mais altos e/ou fora do horário estipulado. Conversa vai e conversa vem, essa estrutura durou por um tempo razoável sem maiores problemas.
Como a vida é uma caixinha de surpresas, no início dessa semana, um ramo urbano da EMBRAPA (empresa brasileira de pesquisas agrícolas), a EMBRAPARK, após licitação, conquistou 9049 vagas na zona sul carioca. Na terça – feira, onze de novembro, os jornais diziam: “Briga entre guardadores assusta motoristas na zona sul”. Os antigos guardadores registrados estavam intimidando os novos trabalhadores da nova Área Azul, partindo até para a violência ou ameaças com armas de fogo.
Essa notícia somada a recente matéria no fantástico – com denúncias de que milicianos controlam os pontos de vagas, cobrando mais de quinze mil reais por um na zona sul- comprovam o forte poder paralelo no Rio. Além de controlar água, luz, gás e pay-per-view, também controla as vagas na cidade.
E o cidadão comum? Onde encaixá-lo? No meio das brigas dos guardadores, na ponta de uma arma, no enterro de um parente assassinado, pagando impostos. Esses aí não faltam na cidade como escolas boas e hospitais funcionais. Radares fixos e móveis estão em perfeito estado de conservação enquanto pessoas dormem na rua e passam fome. Para onde vai a renda dos altos tributos? Cadê os investimentos?
E o cidadão? Tem opção? Nunca. A solução é sempre a do pagamento. Se não pagar o talão, ganha multa e tem o carro apreendido. Se pagar, tem que pagar às duas empresas, tanto a Vaga Certa quanto a Área Azul!!
Pois é, o sistema impede que a população respire e se desenvolva. Somos bonecos de marionetes no palco do grande circo que é a política.
E olha que isso é só a pontinha do iceberg.
Pedro Mobilio para o ¡AidiAs!
Como a vida é uma caixinha de surpresas, no início dessa semana, um ramo urbano da EMBRAPA (empresa brasileira de pesquisas agrícolas), a EMBRAPARK, após licitação, conquistou 9049 vagas na zona sul carioca. Na terça – feira, onze de novembro, os jornais diziam: “Briga entre guardadores assusta motoristas na zona sul”. Os antigos guardadores registrados estavam intimidando os novos trabalhadores da nova Área Azul, partindo até para a violência ou ameaças com armas de fogo.
Essa notícia somada a recente matéria no fantástico – com denúncias de que milicianos controlam os pontos de vagas, cobrando mais de quinze mil reais por um na zona sul- comprovam o forte poder paralelo no Rio. Além de controlar água, luz, gás e pay-per-view, também controla as vagas na cidade.
E o cidadão comum? Onde encaixá-lo? No meio das brigas dos guardadores, na ponta de uma arma, no enterro de um parente assassinado, pagando impostos. Esses aí não faltam na cidade como escolas boas e hospitais funcionais. Radares fixos e móveis estão em perfeito estado de conservação enquanto pessoas dormem na rua e passam fome. Para onde vai a renda dos altos tributos? Cadê os investimentos?
E o cidadão? Tem opção? Nunca. A solução é sempre a do pagamento. Se não pagar o talão, ganha multa e tem o carro apreendido. Se pagar, tem que pagar às duas empresas, tanto a Vaga Certa quanto a Área Azul!!
Pois é, o sistema impede que a população respire e se desenvolva. Somos bonecos de marionetes no palco do grande circo que é a política.
E olha que isso é só a pontinha do iceberg.
Pedro Mobilio para o ¡AidiAs!
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